Friday, December 24, 2010

Feliz Natal!

Posso garantir que nada se compara a passar o Natal com quem a gente ama...
Me lembrei hoje, com grande e profunda saudade que um ano atras eu estava no Canadá e liguei para a casa do meu avô para falar com todos e desejar "Feliz Natal"...
Nunca vou esquecer as palavras do meu avô, que este ano passa o Natal intercedendo a Deus por nós... ele me disse que não estava ouvindo bem e com grande esforço "Voce faz muita falta aqui, viu?! saudade"... meu Deus... hoje eu sei que ele reza e intercede por mim, e como eu amava o meu avô! alias, como ainda o amo tanto!
Como sinto falta e como vai ser dificil passar esse primeiro Natal em familia, sem ele.
Sem duvida ele ajudou a providenciar tudo para que a familia se reunisse, que a reforma na casa da minha tia se completasse a tempo, enfim.. ele sem duvida ja participou desse Natal desde o começo dos preparativos, sem duvida ele vai participar essa noite nos nossos coraçoes. é dificil. é muito dificil, mas ele era um homem de fé e sem duvida ele nos ensinou e fez questao que nós vivessemos a noite de Natal celebrando o seu verdadeiro sentido, que é Deus e a vinda do menino Jesus.

Sou muito feliz e grata a Deus pela minha familia, por cada um deles. Meus tios, meus primos, meus irmaos e irmas, meus pais...sou muito grata pela vida deles e por te-los comigo! Feliz por celebrar o Natal com eles e feliz por cada alegria, dor, luta e conquista que compartilhamos como familia.
Sou grata a Deus pela vida do meu avo que proporcionou a estrutura, estabilidade e uniao da nossa familia por tantos anos, e que agora, vai continuar fazendo isso atraves da intercessao.

Obrigada Jesus por vir mais um ano, e por renovar em nós a esperança apesar de toda dificuldade e dor enfrentada esse ano. Obrigada Jesus por se fazer homem para entender a minha dor e os meus medos. Obrigada Jesus, pelo Natal.


Feliz Natal a todos.
Um som distante a embala.
Ela está sozinha, como sempre, não que ficasse fisicamente só o tempo todo,
mas sentia como se o fosse.
Estava em frente ao enorme espelho de sua sala de dança.
Meu Deus, como amava aquela sala!
Único lugar onde era realmente ela, onde se sentia livre.
Era lá, sozinha em frente a si mesma e em um lugar tão especial pra ela que
agora as lágrimas brotavam fartas.
Sempre achara que ninguém precisava saber ou ver que chorava,
e era o caso, ninguém a via chorar.
Por que ela se sentia tão mal e tão constrangida como se a vissem?
Isso não importava agora, o único lugar que poderia lhe ver assim era aquela sala.
Uma dor agora maltratava tanto que sem ação ela não tinha
forças nem de chorar de verdade, chorar com as suas lágrimas no rosto,
manchando o rosto tão delicado e de traços tão meigos que pareciam de
uma boneca de porcelana, como era chamada pelo seu avô.
O palco não seria mais o seu lar, as cortinas não se abririam mais e
quem lembraria da bailarina que fora um dia?
Podia ver como real a aula perfeita. Como sempre. As alunas diciplinadas como ela
fora por toda a vida. Um exemplo.
Ela no meio da sua sala. Chorando. Ninguém a via. Não podiam ver, não queriam.
Na sua verdade de simples alma desconsolada,
ela esperava, como quem espera a vida mudar..



Maria Clara Mattos Dourado Bezerra

Thursday, December 23, 2010

Ela estava sentada nas escadas da varanda.
Nada acontecia de fato. Ela simplesmente olhava para o nada.
Tudo parece tranquilo, mas sua cabeça borbulha.
É um movimento continuo, circular, caótico.
Ela recorda com a calma de um condenado ao corredor da morte,
cada palavra, cada momento, cada arrependimento.
Ela nao sabia que arrependimento poderia ferir como faca a alma.
Mas fere. Fere, rasga, maltrata. E o pior, ela sabia que era a única que
sentia e que poderia saber a profundidade de cada dor, e de cada arrependimento.
Sabia tambem que nada do que dissesse ou fizesse, poderia fazer ninguem compreender
nem um terço daquilo tudo que borbulhava nela.
Borbulhava mesmo, como em agua fervente.
borbulhava, queimava, escorria e como queimadura de terceiro grau
deixava cicatrizes por onde passava...
Lembrava tambem de cada palavra de incompreensao, cada julgamento.
talvez todos que acusaram tivessem por fim alguma razão...
Talvez ela fosse mesmo uma louca, ridicula...só ela sabia o quanto.
Olhava pra rua sem movimento esperando o primeiro vento do outono bater em seu rosto,
bater mesmo, talvez a batida do vento a fizesse chorar.
Ela precisava era disso, chorar. Ela tentava, queria continuar a viver sabe,
mas nem sempre era facil. Nunca era.
Ela só queria poder deitar naquela cama, assistir televisão e de vez enquando dar e receber um beijo... parece simples nao?!, nao era... nao servia qualquer cama, nem qualquer televisão e especialmente não servia qualquer beijo.
Ela levantou por fim da escada e entrou em casa. Já podia vestir a sua veste de resoluçao e sua mascara de "tudo bem", era preciso enfrentar.
E todos ao redor a felicitam sempre por sua determinaçao e por conseguir fazer tudo com tanto coraçao...
mas ninguem ve o que ela tem por dentro, ninguem.



Maria Clara Mattos D Bezerra
Interessante, já sabia que minha necessidade de escrever estava ligada as dores que sinto, mas nunca pensei que isso fosse tão concreto...

e eu nem sei como dizer.. é como se tudo estive suspenso. Como se tivesse apanhado tanto que a dor nao fosse mais processada. Não importa mais o que seja dito, ou que seja feito. Já fiz tudo que estava ao meu alcance e mesmo que não... cansada, sozinha... como alguem que apanhou, lhe foi tirado tudo, e esta sozinha chorando na chuva no meio da noite... cena de filme? Muito drama? talvez, mas sinceramente, nao me importo mais se dizem que é exagero, alias, nao me importo mais com o que dizem. Nao quero me explicar, nao quero explicar, nao vou, nao quero e nao me importo em me fazer entender!
Meu coraçao esta cansado, eu estou cansada... lutar? nao mesmo, Deus sabe como eu estou, e só Ele pode lutar por mim!

Tuesday, July 6, 2010

Hand by hand with the time

What you suppose to think? What I suppose to think?
Things are not easy, and, yeah, I know, nobody sad it would be.
The problem is sometimes everything you need is feel that is going to be worth it.
Is funny how time can change everything.
What you think, the things you love...the people you know, and who really know you...
Time is fast and have no mercy.
I don't know if I can deal with this now,
but if I think well, i though that I can't deal with
almost everything that I did in the last 6 months..
I don't know where am I going for sure, but I'm going.
I am going with all changes,all persons, all tears and all smiles.
I'm going hand by hand with the time.

Sunday, July 4, 2010

I'm gonna make it happen,

She was staring the nothing...
Everything was falling apart and she just doesn't want to do anything.
It was common for her, you know, that feeling.
It's the time to face it.
It's the time to fight back, but she just doesn't feel like doing it.
She was wondering what it's the best option.
What she have to do, what is on her hands to make it happen,
and she only have one shot.
One last try. She is thinking on turn back and walk away.
For her was always easy run away when she got scared,
and in times like this, maybe she should..
The problem is, this is not what she is. This is not what she wants.
She knows that she is sensitive and strong at the same time.
She knows that she is strong enough.
So she is going to breath. She is going to take a deep breath and she is going make it happen. I'm gonna make it happen.

Saturday, July 3, 2010

Shadows

Tired. Exhausted and already unable to do anything.
She just cried for been tired. She were tired even for cry, but the tears would not stop.
She doesn't even know where they came from,
.. they just came.
She knew the night would be long ..
It is dark, there are only shadows on the huge wall in front of her.
She does not know if it was because she was feeling so small, but the wall looks
so big that no other wall had ever been.
She knew hers fears and her nightmares.
She knew that she would not sleep, would not be weird (she never slept),
but that day was different ...
everything was dry, empty. The room grew around her and the empty space was increasing.
The shadows. The insomnia. Nothing.
The long empty night ..the night full of nothing.
Different. She doesn't sleep for being tired (to be exhausted) and now she would not sleep not
for fear of the shadows or ghosts of the room, the strange inhabitants of her
room of insomnia .. she would not sleep for her own ghosts.
The strange beings from her room were now distant, haunted instead of stunning ..
Her ghosts would not let nothing else scares there, (perhaps for being more realistic and darker).
The shadows become nothing ..
Another day, another morning like any other, one day that she gets up and follows the day, but in fact,
nobody sees that her shadow is bigger than it looks ...